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AQUELE QUE COMPREENDER QUE NÃO PODERÁ SER UM PERITO HONESTO, SEJA HONESTO, NÃO SEJA PERITO.....
(Abraham Lincoln)

domingo, 16 de outubro de 2011

Audiência Pública no Ministério Público do Maranhão

Em Audiência Pública ocorrida na última quinta-feira, dia 13 de outubro, 2011, realizada no Ministério Público Estadual, estiveram presentes membros da promotoria, entre eles as Promotoras Lítia Cavalcante e Márcia Maia, o Presidente da Associação de Polícia Técnico-Científica do Maranhão, Lúcio Cavalcante e Peritos Criminais do Instituto de Criminalística do Maranhão - São Luís.

Na ocasião foi apresentada a situação do sitema de perícia do Estado.
Foi abordada a questão da escritura do terreno pertencente ao ICRIM e IML. Uma grande área que abrange o entorno dos prédios dos Órgãos Períciais. Área esta que foi ignorada pela UFMA que realizou obras e criou dificuldades e até mesmo impedimento para o acesso da população àquelas instituições. A área onde funciona o ICRIM e IML, foi excluída da escritura de doação feita no ano de 1980 pelo Estado em favor da Universidade. Isso foi até mesmo observado pela Polícia Federal em 2005, quando da realização de uma perícia a pedido da UFMA que na ocasião alegava que estavam invadindo suas terras.

Também foram expostas as péssimas condições de trabalho, estrutura, falta de equipamentos para realização de exames periciais. A falta de Peritos Criminais: hoje existem apenas 88 Peritos Criminais e 55 Médicos Legistas para atender todo o Estado. Segundo a ABC - Associação Brasileira de Criminalística o recomendado é que a cada cinco mil habitantes haja um perito. Para o Maranhão com uma população com mais de 6 milhões de habitantes o número estimado é 1200 Peritos Criminais.

Também foram abordados os recursos oriundos de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) assinados entre o Ministério Público, a CEMAR e a Volkswagen, valor que gira em torno de quase R$ 2 milhões. Dos TACs resultou ainda a doação de seis pick-up's Amarok. Todos estes recursos devem ou deveriam ser destinados para o ICRIM e IML.

Fotos:


Perito é morto ao prestar socorro.

Pode acontecer conosco!

Por Nataly Costa e Bruno Ribeiro

O perito Walter Baratella, de 61 anos, morreu na madrugada de ontem quando ajudava a organizar o trânsito provocado por uma batida na Marginal do Tietê, na altura da Ponte dos Remédios, zona oeste de São Paulo.

Por volta das 5 horas, Baratella voltava de uma perícia com dois colegas, avistou o acidente e parou para prestar socorro. Um Fiat Uno prata, que vinha pela pista expressa, perdeu o controle, atravessou os cones, bateu no guardrail e atropelou o perito.

Segundo envolvidos na colisão, testemunhas e policiais que atenderam à ocorrência, o motorista do Fiat, o comerciante Antônio Luís Lourenço da Fonseca, de 49 anos, não dirigia em alta velocidade nem estava sob efeito de álcool. “Estava escuro e chovendo, só lembro de ter rodado na pista e apagado”, disse Fonseca, que sofreu ferimentos e passa bem.

Os laudos da investigação sobre o acidente serão analisados e o motorista ainda poderá ser indiciado por homicídio culposo, sem intenção de matar.
A batida e o atropelamento aconteceram na altura da Ponte dos Remédios, sentido Rodovia Castelo Branco.

O motorista de caminhão Ronaldo Ramos da Silva, de 32 anos, afirma ter sido fechado por um outro caminhão, o que o teria obrigado a desviar para a esquerda.
Ele acabou acertando um Palio vermelho, dirigido por Renato Adão Ferreira, de 35 anos. Os dois veículos foram parar no guardrail da marginal.

No fim de uma madrugada de plantão, os peritos Walter Baratella, Yuri Nogueira Mendoza e Ubiratan Scatalini passavam pela marginal no carro da Polícia Científica. Ao avistarem a cena – um caminhão e um carro atravessados na pista –, decidiram parar para atender possíveis vítimas. Todos os envolvidos estavam bem, mas os peritos ficaram para ajudar a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Quando viram o Fiat desgovernado, Yuri e Ubiratan conseguiram se jogar no gramado do lado do Rio Tietê e escaparam do atropelamento. Mas Baratella foi atingido, não resistiu e morreu no local.
O perito trabalhava no Instituto de Criminalística (IC) havia 18 anos. Passou pelo Núcleo de Investigação Criminal e, ultimamente, atuava no Núcleo de Crimes contra o Patrimônio. O velório ocorreu na tarde de ontem na Academia de Polícia.

“Era muito querido na polícia, uma pessoa muito boa”, afirmou um colega do IC. “Era discreto, educado, amável, competente. Estamos todos chocados”, disse outra colega.
O acidente causou 20 km de congestionamento na Marginal do Tietê e 119 km de lentidão na cidade às 8h30, quando a média é de 102 km. A chuva que atingiu a cidade na noite de anteontem também contribuiu: foram 21 semáforos apagados e duas quedas de árvore, segundo dados da CET.

Fonte: Estadao.com