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AQUELE QUE COMPREENDER QUE NÃO PODERÁ SER UM PERITO HONESTO, SEJA HONESTO, NÃO SEJA PERITO.....
(Abraham Lincoln)

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Centro de Perícia Técnica da DPCA tem número insuficiente de peritos, diz MP.

Promotor de justiça Márcio Thadeu Silva Marques inspecionou o CTPCA
juntamente com o deputado estadual Bira do Pindaré
O promotor de justiça Márcio Thadeu Silva Marques inspecionou, na manhã da última sexta-feira (9), o Centro de Perícia Técnica da Criança e do Adolescente (CPTCA), órgão que integra o Centro de Proteção à Criança e ao Adolescente (CPCA), localizado na Beira-Mar. A ação teve o objetivo de averiguar os recursos humanos do CPTCA. Denúncias apontam que o número de servidores peritos (psicólogos, assistentes sociais e médicos legistas pediatras) é insuficiente para manter o centro em regime de plantão (24 horas) e atender a atual demanda de casos.

A vistoria foi acompanhada pelo deputado estadual Bira do Pindaré (PT), representante da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa. Também esteve presente o coordenador estadual da Associação de Conselheiros Tutelares, Carlos Sérgio Sousa Araújo, além de assessores.

O CPTCA presta atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência, oferecendo exames médicos e psicossociais. Só existem três unidades iguais em todo o Brasil. As outras são no Rio Grande do Sul e em São Paulo.

O funcionamento do órgão é previsto pelo Acordo de Solução Amistosa, assinado pelo Brasil com a Organização dos Estados Americanos (OEA), em razão do caso dos meninos emasculados. De acordo com o documento, o atendimento do centro deve ser feito de maneira ininterrupta e eficiente.

Desde quando foi criado em 2004, o órgão funciona somente das 8h às 18h. O centro de perícia possui dois médicos legistas, cinco psicólogos e seis assistentes sociais, número insuficiente para manter a regularidade dos atendimentos e o regime de plantão. Outro problema é que a maioria dos servidores lotados no CPTCA não são concursados.

A diretora do centro, Célia Regina Moreira Raymundo, explicou que para realizar com eficiência a perícia dos casos, seriam necessários 20 psicólogos e 20 assistentes sociais. Outra necessidade é a ampliação do espaço físico.

"A estrutura e o número de servidores eram adequados no tempo em que o órgão foi criado, mas a demanda cresceu demasiadamente", avaliou.

A falta de servidores peritos também tem comprometido a celeridade dos inquéritos, conforme relatou a médica legista Milene Guedelha Gonçalves. "Muitos laudos atrasam dificultando a solução dos casos, o que estimula a reincidência de crimes e também o descrédito de muitas famílias em relação à eficiência do CPTCA", disse.

Descaso

O promotor de Justiça Márcio Thadeu ressaltou que, recentemente, o Governo do Estado anunciou concurso público para preencher vagas em diversas áreas da segurança pública. No entanto, nenhuma foi destinada para o quadro de peritos da CPTCA, apesar da demanda.

"O descaso do Governo Estadual tem impedido que o centro ofereça um atendimento eficiente e permanente, como prevê o Acordo de Solução Amigável, que é um compromisso internacional do Brasil e do Maranhão", declarou.

Para solucionar o problema Marcio Thadeu informou que vai tentar um acordo com o governo do Estado. Se não obtiver êxito, recorrerá às vias judiciais. "A proteção à criança e ao adolescente tem que ser tratada como prioridade".

Perícia Psicossoccial

Quando as famílias recorrem ao CPCA, o CPTCA é o segundo órgão - depois da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) - por onde passa a criança ou o adolescente vítima de violência. A perícia psicossocial realizada pelo centro resulta em um laudo, evitando que a criança seja ouvida por delegado e juiz. Também a preserva da revitimização, situação em que a criança revive o sofrimento do episódio de violência ao prestar depoimento para reconstruir o fato.

Audiência

O deputado estadual Bira do Pindaré informou que vai realizar um pronunciamento na Assembléia Legislativa sobre o assunto. Em seguida, vai tentar marcar uma audiência com a governadora Roseana Sarney, com a participação do promotor de justiça Marcio Thadeu, que também é coordenador do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude (CAOp/IJ) do Ministério Público do Maranhão.
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Comentando a Notícia
 
O Centro de Perícia para criança e adolescente-CPTCA é na verdade um órgão da Superintendência da Polícia Técnico-Cientica do Maranhão-SPTC integrando o complexo de proteção a criança e ao adolescente-CPCA, foi criado com a finalidade de atendimento especializado para crianças e adolescentes vitimas de violências.
Desde de 2009 quando foi criado o Plano de cargo carreira e remuneração da policia civil- PCCR foi incluindo as formações acadêmicas de assistente social e psicólogo para o cargo de Perito Criminal devido a necessidade existe na centro de pericias, inexistente até então.

É inacreditável estarmos com um concurso em andamento para policia civil do estado, no qual só existem 08 vagas para Perito Criminal e 05 vagas para Médicos Legistas, sendo declarado pela atual diretora do Centro de Perícia Dra Célia, Perita Criminal e Assistente Social, ser necessário pelo menos para a sua instituição 20 vagas para assistente social e 20 vagas para psicólogos.

No Maranhão, o efetivo da polícia técnica é o demonstrado no quadro abaixo:
 
 Contamos com 58 Médicos legistas e 87 Peritos Criminais, olhem, verifiquem no quadro a classe especial, e atentem para o absurdo do concurso que não repõem nem o efetivo que iremos perder, isso é que é planejamento.  
 
• 8 peritos criminais já estão na classe especial com tempo de aposentadoria;
• 14 médicos legistas na classe especial, muito provavelmente, todos com tempo de aposentadoria, haja vista que para estar na classe especial tem que ser do concurso da década de 80;
• 2 odontologista na classe especial em igual situação;
• E ,22 peritos criminalísticos auxiliares com tempo para aposentadoria,
 
Teremos 46 profissionais saindo dos nossos quadros nos próximos anos, enquanto o atual concurso prevê vagas para exatamente 19 profissionais, enquanto só Dra Célia precisa de 40 Peritos Oficiais para atender a demanda da sua instituição. Em Imperatriz, um Perito Criminal pode totalizar sua semana com até 40 exames, humanamente impossível fazer tantos laudos, ISSO É UMA VERGONHA. Não podemos nos calar diante dessa situação, semana passada lançamos uma nota de repudio no Jornal Pequeno também em relação ao concurso, e alguns fizeram vista grossa, mas essa é a realidade do nosso estado. 
 
Ressalto que existem vagas previstas em lei para preenchimento do cargo de perito oficial do estado do Maranhão, e os nossos gestores direto, digo da pericia, acredito eu, tentaram convencer a quem poderia modificar essa situação.
 
Anne Kelly Bastos Veiga
Perita Criminal



A INFORMAÇÃO E AS EVIDÊNCIAS

Joseph Blozis
Analisar as cenas de um crime com atenção. Este foi um dos principais tópicos abordados pelo ex-detetive da polícia de Nova York, que comandou a investigação do ataque terrorista no Word Trade Center, Joseph Blozis, durante atividade no campus da PUC em Viamão.

“Eu aprecio a informação, mas as evidências ditam o que aconteceu".

Durante duas horas, cerca de 100 peritos participaram de um treinamento ministrado por Blozis. Divididos em 4 grupos, os especialistas investigaram o passo a passo de cada cena do crime simulado no local.
 
 
 
 
 
 


 
 
 
  






Adinâmica, organizada pela PUCRS ( faculdade de Biociências) e Life Technologies, juntamente com o apoio da ACRIGS-Sindicato, também contou com a cobertura da imprensa gaúcha. Segundo o Presidente da entidade - “é importante que a mídia entenda cada vez mais como funciona e qual o papel do perito criminal para garantir os direitos humanos”.
 
 
Fonte: ACRIGS
 
 
COMENTANDO A NOTÍCIA.

O VII Seminário Nacional de Perícia de Crimes contra a Vida e de Balística Forense, além do V Seminário Nacional de Perícia de Revelação de Impressões Papilares realizado nos dias 23 a 26 na cidade de Porto Alegre/RS contou com a participação de 340 Peritos Criminais de todo o Brasil, estando presente do Maranhão apenas eu (Kelly) e o nosso Superintendente Cassio Marques Freitas, que foi ao evento em virtude de uma reunião dos dirigentes de Perícia Forenses marcada pela SENASP, caso contrario estaria sozinha representando nosso estado.

Sem duvida nenhuma, afirmo que foi o melhor Seminário da ABC desta área que já participei, com vários palestrantes internacionais dentre os quais cito: Joseph Blozis (Estados Unidos); General Elazar Zadok (Israel); Keith Fryer (Reino Unido) e Jan Kinder (Bélgica). Conhecemos novos materiais utilizados no dia a dia da Pericia (Ferrotracy e BTK usados em Israel) bem como os equipamentos disponíveis das empresas Wantek, Dignia, Gurteq e Life.
Retornei para São Luís com a sensação de dever cumprindo, pois consegui atingir minhas metas, participei do curso do Joseph Blozis na terça-feira (tarde e noite), que a mim ficava cada vez mais distante, haja vista que o meu voo chegava em POA quase ao meio-dia, e nos dias seguintes me delicie com a sonoridade das informações obtidas. PENA QUE NOSSOS PERITOS NÃO ESTAVAM LÁ, E EU ENTENDO OS MOTIVOS.

Programei minha viagem desde Julho, já achando que não conseguiria o apoio da SSP, na época o Diretor do ICRIM solicitou passagem e diárias. Paralelamente comprei minha passagem, reservei Hotel com sinal depositado e fiz minha Inscrição no Seminário. Desse translado nunca obtive resposta da Polícia Civil; da taxa de inscrição (seminário RS 250,00, curso de local de crime RS 380,00) nem se fala; das quatros diárias pedidas, fui e retornei e eles não foram pagas, olha que o oficio foi encaminhado em Julho para a SPTC. De fato, essas coisas dentro da nossa instituição desmotivam qualquer um, e é por isso que o Maranhão estava “em peso” em POA.

Ressalto que não me arrependo do meu investimento, que essas minguadas diárias quando eu receber, não cobre nenhum 1/3 do gasto que tive. Entretanto o conhecimento adquirido é MEU.

ACORDEM, NOSSA PERÍCIA TRABALHA É COM CIÊNCIA,
E PRECISAMOS ESTUDOS CONTINUADOS.
“Tenho orgulho de ser Perita Criminal, é uma realização profissional e esse prazer poucos conhecem, e eu o compartilho com meus colegas”
 
 
Anne Kelly Bastos Veiga
Perita Criminal
Diretora do SINPOL-MA