Depois de assistirmos tanta luta em defesa da nossa
instituição, agora vemos, estupefatos, o quadro de descaso e até a de
malversação do dinheiro público para atender a toda e qualquer determinação e nas
situações mais inimagináveis possíveis. Vejam o quadro atual:
No IML, não bastasse as condições de insalubridade que a cada
dia são mais acentuadas, o que se vê agora é a própria segurança do trabalho
colocada de lado, diga-se condições inadequadas da estrutura física que colocam
em risco, desnecessária e absurdamente, a integridade física dos que ali
trabalham, além de afetar diretamente a qualidade e a celeridade dos exames
periciais. O primeiro acesso para a sala
de necrópsia foi fechado e os Médicos Legistas e seus auxiliares são obrigados
a utilizar uma escada muito íngreme (fora de qualquer padrão) e a céu aberto,
sob sol ou chuva, coberta por lodo, com fiação elétrica sob os pés e sobre a
cabeça e ainda cheia de caixas de
esgotos sem tampas nas proximidades, se quiserem executar as suas funções e poderem
se deslocar até a sala de exames cadavéricos. Tem que ser guerreiros ou até
ninjas, quem sabe! Além do risco de queda pela inadequabilidade da própria
escada, é preciso rezar para que não chova, que não escorreguem, que não caiam
em algum buraco e não levem choque, a fim de poderem passar sem que se
transformem em companhia daqueles que irão examinar. E nesse período as chuvas
são fortes e demoradas. Podem até tomar banho de bica ou no piscinão se
quiserem, só não podem lavar as mão na pia: “está entupida” . Valha-me São Pedro!
No pátio existente entre o IML e o ICRIM, antes destinado ao
arejamento da instituição e também (principalmente) como saída de emergência para os servidores lotados no Laboratório
Forense, está sendo feita uma obra que, segundo boatos, seria destinada a
instalação de um refeitório (já carinhosamente chamado de Presuntão), pois a
área teria sido aterrada com o entulho retirado da sala de necrópsia e
receberá, como toda a instituição já recebe, os odores advindos daquela sala,
além de obstruir totalmente a saída de emergência do LAF e ter encoberto a
janela de arejamento/clareamento e a janela de ventilação do banheiro do
alojamento dos motoristas, isto é, mais uma obra que não segue nenhum padrão
técnico em vigor. Valha-me São Cristóvão!
Anne Kelly Bastos Veiga
Presidente da APOTEC-MA
Vejam as fotografias:
1 - Mostrando a escada de acesso para a Sala de Necrópsia
2 - Mostrando a inclinação e o lodo existente na escada
3 - Mostrando a tubulação com fiação
elétrica obstruindo totalmente um dos lados da escada e parcialmente o outro.
4- Mostrando o acúmulo de água (piscinão) que se forma na
base da escada
5 - Mostrando o volume de água na calha (bica) voltada para a
escada
6 - Mostrando o estacionamento de veículos (e de caixões)
existente na passagem entre a escada e a sala de necropsia, além de buracos e
fiação elétrica.
7 - Mostrando as condições no interior da sala de necropsia
com uma das geladeiras desativada, acumulando sujeira e exalando mau cheiro,
tornando o ambiente mais insalubre ainda.
8 – Enquanto isso na sala de
necropsia: cadáver armazenado sobre a mesa, mesa calçada com pedaços de madeira
e pia entupida.
9 – Mostrando o local do antigo pátio, onde se vê, ao fundo,
a porta de emergência do laboratório, agora abstruída.
10 – Mostrando o local do antigo
pátio, onde se vê, ao fundo, a porta de emergência do laboratório, agora
abstruída.
11 – Visão do interior da obra, mostrando a janela do quarto
e a janela de ventilação do banheiro no alojamento dos motoristas, voltadas
para a suposta futura área de alimentação dos funcionários.
12 – Visão do interior da obra, em sentido inverso, mostrando
a janela do alojamento dos motoristas, além do aparelho condicionador de ar com
o dreno de água voltado para o piso.
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